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AUGUSTO GUIMARAENS CAVALCANTI
A LIBERDADE
Em mar errante iluminada
a Liberdade está desde sempre
prestes a tomar posse da aurora de tudo
prestes a deter em si a asa do impossível
Estrela do dia
vasta como uma terra
azul de outro azul
a Liberdade brada por utopias de cidades
Venha de onde venha
mapa de outra terra
senha de outra senha
a Liberdade ruge por ruínas de séculos
Potência nua de signos
desperta como um grito
para além de toda idade
para além de toda grade
Quimera de outro sul
primavera de outro estio
na inconstância das distâncias
Achada, é verdade?
Quem? A Liberdade
É um astro pronto para explodir