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CELSO BORGES
NOW
nunca uma frase reza
nem a or da indelicadeza
mas raduan em lavoura de cólera
frida pintando nos murais de rivera:
LULALIVRE
porque se vomitam
a brutalidade nos tribunais
pound se ergue nos cantos da jaula
munch grita paralém da ponte:
LULALIVRE
contra as ruas em falsa festa
piva delira paranoia
lennon risca ri s na guitarra
we all want to change the world
os berros de camille
explodem nos sanatórios do século 21:
LULALIVRE
cavalos tropeçam na loucura
imaginações maquinadas ao mesmo tempo
umas sobre as outras numa torre
que se levanta e desaparece
tempos de águias com dentes afiados
e crocodilos voando sobre o fígado dos pássaros
uma pomba se espatifa nos muros da história
mas
a incontrolável poesia se alastra como peste
molhando a dinamite do silêncio:
LULALIVRE